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Campeonato Brasileiro - 2017


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O mais surreal dos títulos corinthianos.

Assim pode ser definido o título brasileiro de 2017.

Considerado a "4ª força" do futebol paulista no começo do ano, a conquista do Campeonato Paulista já tinha deixado o torcedor corinthiano nas nuvens.

Após a conquista do Paulistão a frase era uma só: "Campeonato estadual não é parâmetro. O time vai sofrer no Brasileiro."

E no primeiro jogo, essa frase começou a fazer sentido: empate em 1 x 1 com a Chapecoense, na Arena Corinthians. O gol do Timão foi marcado por Jô.

Mas aí começou a arrancada: vitórias por 1 x 0 sobre o Vitória (gol de Jô) e Atlético Goianiense (gol de Rodriguinho), ambas fora de casa, compensaram o empate da primeira rodada.

No dia 03 de junho, clássico com o Santos, na Arena. Jogo difícil, mas vitória por 2 x 0, gols de Romero e Jô, que começou o Brasileirão do mesmo jeito que terminou o Paulista: voando e fazendo gol atrás de gol.

O jogo seguinte foi contra o Vasco, em São Januário. A goleada por 5 x 2 levou o Corinthians para a liderança da competição logo na 5ª rodada, de onde não sairia mais. O Grêmio vinha na cola, 1 ponto atrás.

Os dois próximos jogos foram na Arena. E mais duas vitórias: 3 x 2 contra o rival São Paulo e 1 x 0 contra o Cruzeiro. O Grêmio? Na cola, ainda 1 ponto atrás.

A sequência de 6 vitórias foi interrompida em Curitiba, no empate em 0 x 0 contra o Coritiba. Isso graças a um gol anulado de Jô, no finalzinho do jogo (impedimento mal marcado).

Mas a vitória por 3 x 0 contra o Bahia manteve o Timão no topo da tabela. O Grêmio continuava na cola, 1 ponto atrás ainda.

O próximo jogo? Justamente o Grêmio, na casa deles, no dia 25 de junho.

Os antis já diziam: "a derrocada começa agora", "o Grêmio é o melhor time do Brasil", etc.

O primeiro tempo terminou sem gols. O empate era um ótimo resultado para o Corinthians.

Mas nada que não poderia melhorar. Logo aos 6 minutos do segundo tempo, Jadson abre o placar, após bela jogada e cruzamento do criticado Paulo Roberto.

E aí foi um sufoco só. O Corinthians aguentava como podia. Aos 37 minutos, pênalti para o Grêmio. Luan cobra. Cássio defende! Mas o sufoco continuou e durou até o apito final do árbitro, aos 49 minutos. Fim de jogo e vantagem de 4 pontos na ponta da tabela.

O próximo jogo foi daqueles cardíacos. O bom Botafogo, do técnico Jair Ventura, na Arena Corinthians. Um jogo difícil, tenso. Um futebol bem jogado.

O primeiro tempo passo em branco, com o Corinthians indo pra cima, mas parando na marcação do time carioca.

Logo aos 5 minutos da segunda etapa, o Corinthans teve uma chance de ouro de furar a defesa botafoguense: pênalti para o Timão! Mas Jô desperdiça a cobrança, defendida por Gatito. Seguia 0 x 0.

Aos 33 minutos, Carille resolve apostar no garoto Pedrinho. Sábia escolha. No mesmo minuto, Pedrinho dá um chapéu no zagueiro João Paulo e cruza para Jô, que chuta para bela defesa de Gatito. No rebote, Rodrigunho tenta. Milagre de Gatito. No segundo rebote, Jô chuta de novo... GOL do Corinthians! Chorado, na raça! Particularmente, é o vídeo de gol que mais me emociona. A torcida ficou simplesmente ensandecida. E fim de jogo!

Com a derrota do Grêmio, a vantagem subiu para 7 pontos. Nessa altura do campeonato, o Corinthians não era mais visto como um líder provisório, que logo despencaria. A atitude e o bom futebol jogado pela equipe de Carille já chamava a atenção. Será que o time conseguiria manter o ritmo? Só o tempo diria.

No próximo jogo, também em casa, vitória por 2 x 0 sobre a Ponte Preta, gols de Jadson e Jô (novidade). A vantagem para o vice (agora o Flamengo) agora era de 9 pontos.

A 13ª rodada trouxe uma prova de fogo para o Corinthians: o rival Palmeiras, em território inimigo, no dia 12 de julho.

Mas o Palmeiras não deu nem "pro" cheiro. Com um futebol convincente e seguro, o Coringão colocou o rival na roda. Jadson abriu o placar aos 22 minutos do primeiro tempo, de pênalti. Guilherme Arana, aos 19 do segundo tempo, coloca números finais ao jogo, após passe de Romero. 2 x 0 e 10 pontos de vantagem para o vice Grêmio.

Com tamanha desvantagem para o Corinthians, Renato Gaúcho (técnico do Grêmio) disse: "Não tirando os méritos do Corinthians, que está jogando muito bem o Campeonato Brasileiro e pelo que está fazendo merece a pontuação, mas é uma coisa anormal. Não tem uma equipe que dispare assim no campeonato. O Corinthians tem se aproveitado, feito o dever de casa e conseguido vitórias fora, mas, daqui a pouco, o Corinthians vai despencar. O 2º turno vai ser diferente".

Vamos guardar as palavras do Gaúcho...

O jogo seguinte, na Arena, mostrou que o torcedor corinthiano e a mídia estavam muito mal acostumados. O empate em 2 x 2 com o Atlético Paranaense (com Jô marcando os dois gols do Timão) colocou em xeque a eficiência do Corinthians. Calma gente. Nenhum time ganha todos os jogos. Isso não existe. Aliás, um fato interessante sobre este jogo: os 7 minutos entre o primeiro gol do furacão, aos 37 minutos do primeiro tempo, e o gol de Jô, aos 44, foram os únicos minutos no turno inteiro em que o Corinthians ficou atrás do placar.

O empate da próxima rodada contra o Avaí (0 x 0) fora de casa, aumentou essa desconfiança. A diferença de pontos para o Grêmio era de "apenas" 6 pontos. Sinal de alerta ligado. Seria Renato Gaúcho um profeta?

Mas a campanha ainda continuava fora da curva. O time ainda estava invicto.

O jogo seguinte seria contra o Fluminense, no Rio. Apesar do time carioca não estar nas melhores fases, é um jogo sempre difícil. Como realmente foi.

Coube ao zagueiro e xerife Balbuena marcar de cabeça o gol da vitória que trouxe de volta a tranquilidade ao time. De quebra, 8 pontos de vantagem na ponta.

Faltando três rodadas, o desafio agora era atingir a incrível marca de terminar o primeiro turno invicto, feito nunca alcançado até então.

O antepenúltimo jogo do turno foi contra o Flamengo, na Arena. O Corinthians jogava bem. Aos 12 minutos, Jô abre o placar, mas é absurdamente anulado pelo bandeira (o jogador corinthiano estava 3,30 metros atrás da linha da bola). Mas o artilheiro da Fiel persistiu e abriu o placar de novo, dessa vez valendo: 1 x 0 para o Timão!

No segundo tempo, o Flamengo volta na pressão e empata o jogo aos 25 do segundo tempo. Três minutos depois, Diego ainda tem uma grande chance de virar o jogo, mas chuta para fora.

Ao apito final, o empate em 1 x 1 acabou sendo bom para o Corinthans, visto que foi o jogo que mais ameaçou a invencilidade corinthiana. Esse empate garantiu ao Timão a conquista simbólica do primeiro turno, com 41 pontos (8 na frente do Grêmio).

O Atlético Mineiro foi o adversário da sequência, no Mineirão. Com gols de Jô e Rodriguinho, o Corinthians venceu por 2 x 0, manteve os 8 pontos de vantagem na liderança e precisava de um simples empate contra o Sport na última rodada (em casa) para entrar para a história.

E assim foi. No dia 5 de agosto, o Corinthians entrou em campo para concretizar a melhor campanha de um turno de Campeonato Brasileiro de pontos corridos até então, desde que a competição passou a ser disputada por 20 times.

Arana, Rodriguinho e Pedro Henrique marcaram na vitória de 3 a 1 sobre o Sport e garantiu a histórica invencibilidade no primeiro turno da competição, com incríveis 47 pontos! Além disso, nesse jogo aconteceu algo que eu, particularmente, nunca tinha visto. O Corinthians fez mais gols (3) do que faltas (2)! A primeira falta cometida pelo Corinthians ocorreu apenas aos 10 minutos do SEGUNDO TEMPO!

A vantagem para o vice Grêmio era de 8 pontos!

Com esta vitória, o Corinthians atingiu a marca de 34 jogos invictos, a 2ª maior série invicta da história, faltando apenas 3 jogos para igualar a primeira.

Alguns recordes e números do primeiro turno:

Melhor turno da história até então: 47 pontos - 19 jogos, 14 vitórias, 5 empates (82,46% de aproveitamento). (Esta marca foi quebrada em 2019 pelo Flamengo, que acumulou 48 pontos no 2º turno).
Conquista do primeiro turno na 17ª rodada, com 41 pontos.
Ainda invicto na 18ª rodada (recorde).
Primeiro turno invicto (inédito).
Livre do rebaixamento no primeiro turno (considerando 45 pontos).
Atrás do placar por apenas 7 minutos (Atlético Paranaense, 2 x 2).
Contra o Sport, o Corinthians fez 3 gols e 2 faltas. Primeira falta foi aos 10 do 2º tempo.
19 jogos de invencibilidade, quebrando o recorde que era do São Paulo de 2008 (18 jogos).

Com essa campanha fantástica no primeiro turno, as duas perguntas mais repetidas na mídia e nas rodas de amigos eram:

O Corinthians será campeão invicto?

Quem segura o Corinthians?

O que é esse Corinthians de Carille?

Com quantas rodadas de antecedência o time conquistaria o título?

A torcida estava nas nuvens, eufórica. Não faltavam "memes" para debochar de Renato Gaúcho, que dizia que o time iria despencar.

E aí começou o segundo turno...


2º Turno

Quando eu disse, no início desse texto, que esse foi o mais surreal dos títulos corinthianos, eis porque: de melhor primeiro turno da história aos acontecimentos do segundo turno.

A estreia do returno ocorreu no dia 19 de agosto, contra o Vitória, na Arena. Jogo fácil e 3 pontos garantidos? Não... derrota por 1 x 0 e perda da 2ª maior série invicta da história do clube.

O jogo seguinte foi contra a Chapecoense. Teoricamente, esse jogo se refere a primeira rodada, mas foi adiado devido a excursão da Chape pela Europa. Em um jogo feio e difícil de ver, o Corinthians ia empatando até os 44 do segundo tempo quando Jô, meio sem querer, marca o gol da vitória.

Mas o jogo seguinte ligou de vez o sinal de alerta, que acompanharia o time até a 32ª rodada.

Mais uma vez em casa, o Corinthians perde para o lanterna Atlético Goianiense por 1 x 0.

Seis pontos perdidos em casa que não devem ser perdidos. Apesar de tudo, os outros times também vacilaram e a vantagem para o Grêmio ainda era boa (7 pontos).

A terceira derrota na competição veio na rodada seguinte contra o Santos, na Vila: 2 x 0.

O time precisava vencer para recuperar a confiança. Para resgatar o bom futebol. E venceu. Em um jogo enrolado e difícil, coube a Jô (mesmo que de mão) marcar o gol que dava um pouco de alívio para a Fiel.

Na sequência, dois jogos difíceis, ambos fora de casa: São Paulo e Cruzeiro (recém campeão da Copa do Brasil). O Corinthians conseguiu dois bons empates por 1 x 1. Não era o que a torcida esperava, mas são resultados que não podem ser considerados ruins.

Nesses dois jogos, o destaque foi o atacante Claysonm vindo da Ponte Preta. Ambos os gols foram marcado por ele, que se tornou um dos principais nomes do Corinthians na reta final do campeonato. E, apesar de tudo, nenhum time chegava perto. O vice agora era o Santos, com 8 pontos atrás (a mesma vantagem da virada do turno).

No dia 11 de outubro (27ª rodada) finalmente mais uma vitória: 3 x 1 sobre o Coritiba, na Arena. Os dois últimos gols foram marcados por Clayson. A vantagem aumentou para 10.

O campeonato entrava na sua reta final e, apesar da vantagem na frente, o clima era de tensão e desconfiança. E aí veio a sequência mais dramática da competição:

Derrota para o Bahia fora de casa por 2 x 0 (Grêmio e Santos na cola - 9 pontos).

Empate com o Grêmio em casa por 0 x 0 (Grêmio, Palmeiras e Santos na cola - 9 pontos).

Sim, meus amigos. O Palmeiras estava chegando. Estavam desmotivados e destroçados após a má campanha em todos as competições que tinham disputado. Só restava a eles a esperança do título do Brasileiro.

A derrota seguinte para o Botafogo, no Rio, por 2 x 1, ligou a alerta vermelho. Palmeiras e Santos encostavam, com 6 pontos atrás.

E no dia 20 de outubro, a derrota mais trágica da campanha. O momento em que todo torcedor ficou, no mínimo, com a pulga atrás da orelha: derrota para a Ponte Preta (que brigava pelo rebaixamento) por 1 x 0, em Campinas.

Apesar da derrota, esse jogo foi histórico. Foi a escalação titular mais repetida em 107 anos de Corinthians, igualando o recorde do time de 1982: 13 jogos. Cássio, Fagner, Balbuena, Pablo, Guilherme Arana, Gabriel, Maycon, Jadson, Rodriguinho, Romero e Jô foram os nomes que entraram para a história.

Os nomes de 1882 são: Solito, Alfinete, Mauro, Daniel González, Wladimir, Paulinho, Sócrates, Zenon, Ataliba, Casagrande e Biro-Biro.

Voltando para o momento delicado da competição, o Palmeiras jogaria no dia seguinte contra o Cruzeiro, em casa. Caso vencesse, a vantagem diminuiria para 3 pontos. Mas não venceu. Empatou por 2 x 2.

5 pontos de vantagem. Faltando 7 jogos.

O próximo jogo? 5 de novembro. Arena Corinthians. Corinthians x Palmeiras.

Para deixar a situação mais tensa, o Santos jogou um dia antes e venceu. De sábado para domingo, a diferença era de apenas 3 pontos, a menor desde junho.

Por isso o clássico era apontado como a final do Campeonato. Campeonato que já devia estar muito bem encaminhado pelo Corinthians. Mas nada é fácil para o Corinthians. Tudo é sofrido.


O histórico Corinthians x Palmeiras

Foi nesse momento que a torcida fechou com o time. Um dia antes do jogo, o Corinthians treinou na Arena, com portões abertos para a torcida. O que se viu foi algo sensacional! 32 mil pessoas lotaram a Arena para mostrar ao time que estavam ali, juntos!

No dia seguinte, mais uma vez a Arena estava lotada. Recorde de público em jogos do Corinthians: 46.090 pagantes para apoiar o Timão em busca da vitória!

O Corinthians até que começou bem. Aos 27 minutos, Romero abre o placar. Aos 29, Balbuena amplia. Êxtase na Arena!

Mas nada estava tão tranquilo assim. Seis minutos depois o Palmeiras diminui.

Mas nada estava tão desesperador assim. Dois minutos depois, pênalti para o Corinthians. Jô cobra e fecha o placar do primeiro tempo: 3 x 1.

Na segunda etapa, o Palmeiras avança. O Corinthians jogava no contra-ataque. Mas quem levou a melhor foi o rival, que diminui aos 22 minutos. E aí foi um sofrimento só. O Palmeiras buscava o empate e o Corinthians se segurava como podia. E conseguiu. Fim de jogo!

A vitória deixava o Corinthians 6 pontos à frente do Santos e 8 à frente do Palmeiras.

Foi a 4ª vez na história em que o Corinthians venceu todos os jogos contra o Palmeiras no ano (igualando 1984, 2001 e 2012).

Ver "Jogos históricos - Corinthians 3 x 2 Palmeiras - Campeonato Brasileiro de 2017"

Na sequência, um jogo difícil contra o Atlético Paranaense, na Arena da Baixada. Um jogo com dois heróis improváveis: No primeiro tempo, Walter, substituindo Cássio, com a seleção, defende cobrança de pênalti com os pés. No segundo tempo o criticado Giovanni Augusto sai do banco, faz o gol da vitória, aos 31 minutos, e deixa o Corinthians mais perto do título. O vice voltava a ser o Grêmio. E a vantagem voltava a ser de 8 pontos.

A situação era a seguinte: o Corinthians precisava de duas vitórias e de um empate do Grêmio para confirmar o título. E os dois próximos jogos do Corinthians seriam na Arena, junto de sua torcida.

No dia 11 de novembro, um jogo dramático. Corinthians x Avaí. Se no jogo anterior, o herói improvável foi o Giovanni Augusto, nesse foi outro jogador criticado: o folclórico Kazim. Aos 3 minutos do segundo tempo, o atacante inglês naturalizado turco aproveita cruzamento de Arana e faz de peito o seu terceiro gol com a camisa do Corinthians. O primeiro na Arena. Na comemoração, arranca a bandeira do escanteio (com o escudo do Corinthians) e a levanta para a torcida. Respeito eterno a Kazim. Mesmo com as conhecidas limitações técnicas, sempre honrou e respeitou a camisa alvinegra.

Não poderia faltar um sofrimento básico no fim, né? Mas ficou nisso. Corinthians 1 x 0 Avaí.

O Grêmio? Empatou com o Vitória em casa. Vantagem de 10 pontos.


O Jogo do Título

O Corinthians precisava apenas vencer o Fluminense, no dia 15 de novembro, para sagrar-se heptacampeão brasileiro, o primeiro desde 1971, quando começou o Campeonato Brasileiro.

Mal começou o jogo, um enorme balde de água fria: Henrique aproveita cruzamento e abre o placar para o Fluminense, aos 2 minutos de jogo.

O Corinthians não se abalou e foi para cima em busca da virada que garantiria o título. Aliás, o Corinthians não tinha vencido nenhum jogo de virada na competição. E o primeiro tempo termina assim. Tensão na Arena. Será que o título não viria aquele dia?

Mas tinha o segundo tempo. E QUE SEGUNDO TEMPO! A 1 minuto de jogo, Clayson cruza para Jô, que cabeceia para o fundo do gol!

A Fiel ainda comemorava o empate que colocaria fogo no jogo, quando Clayson (de novo) tenta cruzar. A bola bate no travessão e volta... adivinha para quem... JÔ... que cabeceia e vira o jogo para o Timão!

Delírio!

Aí foi só administrar o jogo e segurar o ímpeto do Fluminense.

Para botar números finais ao placar e garantir de vez o título, Jadson chuta da entrada da área e marca o 3º gol do Timão, aos 39 minutos.

O Corinthians é HEPTACAMPEÃO BRASILEIRO!

Antes do apito final, um momento histórico: Jô, na época o jogador mais novo a vestir a camisa do Corinthians (ainda em 2003 - 16 anos, 3 meses e 29 dias), sai para dar lugar a Danilo, o jogador mais velho a vestir a camisa alvinegra (38 anos, 5 meses e 4 dias).

Com os dois gols, Jô chega a 18 gols e ultrapassa Henrique Dourado, do Fluminense em 1 gol na artilharia do cammpeonato.

Ver "Jogos históricos - Corinthians 3 x 1 Fluminense - Campeonato Brasileiro de 2017"

Com a liderança conquistada na 5ª rodada, o Corinthians foi o time campeão com mais rodadas na lideranca: 34 de um total de 38, superando o Cruzeiro de 2014 (33 rodadas na liderança).

E, assim como em 2015, o título veio com três rodadas de antecipação.

Foi a segunda vez na história que o Corinthians conquistou o Paulista e o Brasileiro no mesmo ano. A primeira foi o fantástico time de 1999.


O jornal do dia seguinte
(Foto: Arquivo Victor Hugo)

Com o título garantido, ainda restavam dois objetivos na competição: fazer de Jô o artilheiro do campeonato (o Corinthians nunca tinha feito um artilheiro na competição nacional) e vencer o próximo jogo, contra o Flamengo, para igualar o feito do Cruzeiro de 2003: vencer ao menos uma vez todos os adversários (no primeiro turnio, empate 1 x 1).

Esse último objetivo não foi alcançado. Com um time misto e de ressaca pelo título, o Corinthians perdeu fora de casa por 3 x 0.


O Jogo da Taça

Na penúltima rodada, contra o Atlético Mineiro, mais uma vez Arena lotada para ver o Corinthians receber a taça!

Dentro de campo, o time mineiro abre o placar aos 28 do primeiro tempo. Aos 35, Jadson empata em bela cobranca de falta, colocando números finais à primeira etapa.

A virada do Timão veio aos 12 minutos do segundo tempo, com um golaço de Marquinhos Gabriel. Mas a alegria durou pouco. 7 minutos depois o Coringão tomou o empate que perdurou até o fim do jogo.

Mas o principal da tarde ainda estava por vir. Cássio, que já tinha levantando a taça do Paulistão no começo do ano, ergue também a taça do Brasileirão, tornando-se o primeiro goleiro da história do Corinthians a ter tal honra!

Com 46 mil pagantes no último jogo da Arena, o Corinthians atingiu a incrível média de 40.007 torcedores no Brasileirão, a 2ª melhor marca da história do Timão na competição, ficando atrás apenas dos 60 mil de 1982.

Em 2015 (o primeiro título na Arena) a média foi de 34.188; Em 2011 (o último título no Pacaembu) a média foi de 29.387.

Para encerrar o campeonato, derrota para o Sport por 1 x 0, na Ilha do Retiro, resultado que livrou o time pernambucano do rebaixamento.

Jô, que estava empatado na liderança da artilharia com Henrique Dourado (ambos com 18 gols) não jogou. Coube ao corinthiano torcer para o atacante do Fluminense não balançar as redes. E foi o que aconteceu!

Jô, o menino do Terrão, se tornava o primeiro jogador corinthiano a ser artilheiro do Campeonato Brasileiro!

Além disso, outras estatísticas vitoriosas:

Mais vitórias: 21 (contra 19 do Palmeiras).
Menos derrotas: 8 (contra 9 do Santos).
Melhor mandante: 41 pontos (ao lado so Santos).
Melhor visitante: 31 pontos (contra 29 de Vitória e Atlético MG).
Melhor defesa: 30 gols sofridos (contra 32 do Santos).
Melhor Saldo de gols: 20 (contra 19 do Grêmio).
4º melhor ataque: 50 gols.

Mas nem todas as estatísticas são flores: campeão com o melhor turno da história (1º turno), o Corinthians terminou o 2º turno na 12ª colocação (25 pontos), sendo o campeão com o pior segundo turno da história. A Chapecoense foi o melhor time do returno.

Nas premiações diversas:

Na Seleção Oficial do campeonato (CBF), cinco nomes: Fagner, Balbuena, Arana, Jô e Carille. Carille também ganhou como Técnico Revelação e Jô como o melhor da competição.

Na Seleção do Prêmio Bola de Prata (Placar/ESPN), quatro nomes: Fagner, Balbuena, Jô e Carille. Jô também ganhou a Bola de Ouro com o melhor jogador da competição.

No Troféu Mesa Redonda (Gazeta Esportiva), sete nomes: Cássio, Fagner, Balbuena, Pablo, Gabriel, Jô e Carille. Clayson foi eleito a revelação.

Na Seleção do Lance!, quatro nomes: Fagner, Balbuena, Jô e Carille. Para não perder o costume, Jô tanbém foi eleito o Craque do Brasileirão.

No Footstats (plataforma de estatísticas do futebol brasileiro), quatro nomes: Fagner, Balbuena, Gabriel e Jô.

A imagem a seguir mostra de forma clara a evolução da vantagem corinthiana no decorrer da competição.


* o jogo atrasado contra a Chapecoense foi colocado no seu lugar original


Em pé: Guilherme Arana, Pedro Henrique, Pablo, Jô, Camacho, Kazim, Marciel, Leo Santos, Danilo, Caíque, Filipe e Cássio;
Agachados: Romero, Gabriel, Rodriguinho, Fagner, Giovanni Augusto, Clayson, Felipe Bastos, Maycon, Marquinhos Gabriel, Leo Principe e Jadson.
Destaque (abaixo): Balbuena

Campanha - Campeonato Brasileiro de 2017
13/05/2017 Corinthians SP 1 X 1 Chapecoense SC
21/05/2017 Vitória BA 0 X 1 Corinthians SP
28/05/2017 Atlético Goianiense GO 0 X 1 Corinthians SP
03/06/2017 Corinthians SP 2 X 0 Santos SP
07/06/2017 Vasco da Gama RJ 2 X 5 Corinthians SP
11/06/2017 Corinthians SP 3 X 2 São Paulo SP
14/06/2017 Corinthians SP 1 X 0 Cruzeiro MG
18/06/2017 Coritiba PR 0 X 0 Corinthians SP
22/06/2017 Corinthians SP 3 X 0 Bahia BA
25/06/2017 Grêmio RS 0 X 1 Corinthians SP
02/07/2017 Corinthians SP 1 X 0 Botafogo RJ
08/07/2017 Corinthians SP 2 X 0 Ponte Preta SP
12/07/2017 Palmeiras SP 0 X 2 Corinthians SP
15/07/2017 Corinthians SP 2 X 2 Atlético Paranaense PR
19/07/2017 Avaí SC 0 X 0 Corinthians SP
23/07/2017 Fluminense RJ 0 X 1 Corinthians SP
30/07/2017 Corinthians SP 1 X 1 Flamengo RJ
02/08/2017 Atlético Mineiro MG 0 X 2 Corinthians SP
05/08/2017 Corinthians SP 3 X 1 Sport PE
19/08/2017 Corinthians SP 0 X 1 Vitória BA
23/08/2017 Chapecoense SC 0 X 1 Corinthians SP
26/08/2017 Corinthians SP 0 X 1 Atlético Goianiense GO
10/09/2017 Santos SP 2 X 0 Corinthians SP
17/09/2017 Corinthians SP 1 X 0 Vasco da Gama RJ
24/09/2017 São Paulo SP 1 X 1 Corinthians SP
01/10/2017 Cruzeiro MG 1 X 1 Corinthians SP
11/10/2017 Corinthians SP 3 X 1 Coritiba PR
15/10/2017 Bahia BA 2 X 0 Corinthians SP
18/10/2017 Corinthians SP 0 X 0 Grêmio RS
23/10/2017 Botafogo RJ 2 X 1 Corinthians SP
29/10/2017 Ponte Preta SP 1 X 0 Corinthians SP
05/11/2017 Corinthians SP 3 X 2 Palmeiras SP
08/11/2017 Atlético Paranaense PR 0 X 1 Corinthians SP
11/11/2017 Corinthians SP 1 X 0 Avaí SC
15/11/2017 Corinthians SP 3 X 1 Fluminense RJ
19/11/2017 Flamengo RJ 3 X 0 Corinthians SP
26/11/2017 Corinthians SP 2 X 2 Atlético Mineiro MG
03/12/2017 Sport PE 1 X 0 Corinthians SP

Campanha - Campeonato Brasileiro de 2017
J V E D GP GC
38 21 9 8 50 30


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